Universidade de Oxford: Os efeitos de um programa de visita domiciliar em larga escala para o desenvolvimento infantil

se entendeu que para promoção do desenvolvimento da primeira infância é preciso que os eixos da saúde, nutrição, segurança e aprendizagem estejam articulados. A partir disso, a integração de programas de visita domiciliares como é o PIM, atrelado aos serviços da rede de saúde primários se torna o melhor caminho para atingir os objetivos, mas é preciso considerar os contextos da vida real. A análise se baseou no período entre a gestação e até dois anos após.  

Assim, a visita domiciliar melhora o acesso dos indivíduos à rede de saúde, sobretudo nas ações preventivas, no período do pré-natal, mas não a utilização da rede após o nascimento. Ou seja, os efeitos são mais positivos (pré-natal) para aquelas famílias que receberam o PIM por um período mais longo, onde há uma menor rotatividade de visitadores(as), sendo esse um elemento chave para que ações intersetoriais sejam eficazes.  

Por fim, apontou-se também o papel chave dos supervisores/monitores, quando se faz referência ao seu treinamento e/ou formação. Afinal, são chaves para que o processo de encaminhamento para serviços da rede após o atendimento durante as visitas domiciliares aconteça de forma alinhada. Ou seja: o acesso aos serviços de cuidados de saúde primários comunitários (CPHC) está atrelado à qualidade dos atendimentos realizados pelos visitadores, a partir do diálogo e plano de intervenção pensado com o monitor. Por fim, foi pontuado a relevância do tipo de contratação dos visitadores, que influencia diretamente no nível de envolvimento das atividades de formação e rotatividade, que foi elevada no Programa Primeira Infância Melhor.